INTERNAMENTO/ PUERPÉRIO

Durante o internamento no serviço de Obstetrícia, terá apoio 24h por dia pela nossa equipa.

Algumas informações importantes:

 

INVOLUÇÃO UTERINA

  • O útero demora cerca de 4 semanas a voltar ao seu tamanho anterior à gravidez.
  • As contrações uterinas podem ser sentidas nas 48 a 72 horas após o parto.
  • A dor pode ser mais intensa nas multíparas (mulheres com mais que um filho), após um parto por cesariana ou no contexto de amamentação.

LÓQUIOS

  • Os lóquios são o corrimento vaginal que resulta da descamação do local onde a placenta esteve inserida durante a gravidez.
  • Inicialmente são sanguinolentos mas ao fim de uns dias tornam-se amarelos ou esbranquiçados.
  • Habitualmente duram 1 mês mas podem persistir até 8 semanas após o parto.

EPISIORRAFIA

  • Em alguns partos é necessário fazer um pequeno corte no períneo para facilitar a saída do bebé e evitar lesões descontroladas nesta região. A esse corte chamamos episiotomia.
  • A ferida deve manter-se limpa e seca; não necessita de cuidados adicionais além da higiene.
  • Os pontos caem espontaneamente habitualmente entre o 7º e 10º dia.
  • Evitar sentar-se por períodos prolongados na fase de cicatrização.

ATIVIDADE SEXUAL

  • O reinício das relações sexuais deve acontecer quando a mulher se sentir preparada.
  • A maioria das mulheres retoma a atividade sexual entre a 3ª e 6ª semanas após o parto.
  • As primeiras vezes pode causar dor e desconforto, o que pode ser minimizado pelo uso de lubrificantes.

MENSTRUAÇÃO

  • A primeira menstruação surge ao fim de 6 a 8 semanas após o parto nas mulheres que não amamentam. Pode surgir mais tarde nas mulheres a amamentar.

INFEÇÃO URINÁRIA

  • Nos primeiros dias é normal um aumento das micções para eliminar o excesso de água acumulado durante a gravidez.
  • O ardor durante a micção e a urgência em urinar podem significar infeção urinária que é mais frequente após o parto.

HEMORRÓIDAS

  • São veias dilatadas do canal anal que podem ser causadas não só pela gravidez mas também pelo esforço exercido durante o trabalho de parto.
  • Habitualmente são dolorosas e exigem a adoção de medidas que diminuam o desconforto.
  • Pode aplicar gelo durante curtos períodos (máximo 15 minutos) várias vezes ao dia, para alívio da dor. Pode ser necessário tratamento local que deve ser prescrito pelo médico.

 

ATIVIDADE FÍSICA

  • O exercício além de melhorar o bem estar da mãe também ajuda a prevenir a incontinência urinária e o prolapso dos órgãos pélvicos.
  • Os exercícios para reforçar o pavimento pélvico devem ser iniciados o mais precocemente possível.
  • Os exercícios que envolvam a musculatura abdominal podem ser iniciados 2 semanas após o parto vaginal e mais tarde (por volta da 6ª semana) no caso de parto por cesariana.

EXERCÍCIOS DE KEGEL

  • Consistem em contrair os músculos do pavimento pélvico, que sustentam a uretra, bexiga, útero e recto.
  • Estes são os músculos utilizados durante as micções e a relação sexual, e podem ser controlados e exercitados voluntariamente pela mulher.

Para quê?

  • Durante a gravidez, devido às alterações hormonais ocorre um relaxamento dos músculos pélvicos.
  • Dado que estes músculos envolvem o canal através do qual o bebé irá passar, é importante que sejam exercitados de forma a permitir o seu fortalecimento e uma boa distensão durante o trabalho de parto.
  • Os exercícios de Kegel ajudarão a fortalecer os músculos pélvicos e a desenvolver o tónus muscular.

Se forem realizados com regularidade podem:

  • Prevenir situações de incontinência urinária (perda involuntária de urina);
  • Melhorar a actividade sexual;
  • Melhorar a circulação sanguínea vaginal diminuindo o tempo de cicatrização da episiorrafia (sutura perineal);
  • Prevenir o prolapso uterino, cistocelo e rectocelo (saída do útero, bexiga e recto para o exterior, respectivamente).

Como fazer?

  • Quando estiver a urinar, interrompa o jacto de urina e conte até três…relaxe e urine mais um pouco… volte a interromper o jacto, conte até três e assim sucessivamente até terminar a micção.
  • Contraia os músculos do pavimento pélvico como se estivesse a sugar àgua para dentro da vagina.
  • Depois faça força empurrando para baixo como se estivesse a tentar deitar fora a àgua.
  • Quando conseguir fazer isto várias vezes ao dia, está preparada para a fase seguinte, que consiste em realizar os exercícios em qualquer momento e em qualquer lugar, sem que isso seja percebido pelas outras pessoas.

Estes exercícios para serem eficazes devem ser praticados várias vezes ao dia e realizados todos os dias durante toda a vida. Podem efectuar-se em séries de 10, pelo menos 3 vezes por dia.

Dado as medidas de contingência por COVID-19 o horário de visita e o número de visitas encontra-se limitado.

No entanto, estamos a tentar voltar gradualmente à normalidade, pelo que o horário de visitas a partir do dia 1 de Abril de 2021 é das 14h00 às 20h00.

A puérpera terá apenas direito a uma visita que será a mesma que a acompanhou durante o trabalho de parto e, foi testada para o Covid.

No acesso ao serviço o acompanhante será submetido a um breve inquérito epidemiológico e avaliação da temperatura, ficando impedido o acesso se apresentar sintomatologia e/ ou febre.

Dependendo da situação pandémica atual esta informação pode ser alterada sem aviso prévio.

Banho

  • A aplicação de sabão/sabonete é habitualmente desnecessária.
  • Como o RN tem uma secreção sebácea baixa, deve usar-se apenas água tépida.
  • O sabão deve ser suave, com pH neutro e sem aditivos. A temperatura da água deve rondar os 36ºc e deve ser sempre confirmada.

Roupa

  • A roupa do bebé deve ser confortável, de algodão ou outras fibras naturais. Retire todas as etiquetas que fiquem em contacto direto com a pele.
  • Como a capacidade de controlar a sua própria temperatura e de produzir suor está diminuída no RN, o bebé está sujeito a alterações térmicas.
  • A roupa do bebé deve ser adequada à época do ano e às oscilações da temperatura ambiente.

Cuidados com o cordão umbilical

  • Deve manter o cordão umbilical limpo e seco, sem cobrir com a fralda ou uma faixa.
  • Deve consultar o médico se notar que a pele à volta do cordão está vermelha ou se o cordão tiver secreções purulentas com mau cheiro.

Cuidados com a zona da fralda

  • Nas 1ªs semanas e sempre que a pele estiver irritada lave a zona da fralda com água tépida ou com uma compressa húmida, secando bem de seguida. O uso de toalhete deve ser reservado para as saídas de casa.
  • Não é necessário aplicar cremes/pomadas por rotina para prevenir a irritação da pele. O uso de pó talco não está recomendado.
  • Em caso de lesão irritativa está indicado limpar e secar bem a zona em todas as mudas, expor ao ar e aplicar uma pomada/pasta com óxido de zinco e/ou vitamina A.
  • Se a inflamação se mantiver ou agravar e o bebé tiver a boca com “farfalho” ou “sapinhos” consulte o seu médico porque pode precisar de tratamento apropriado.

Febre

  • Não é necessário medir a temperatura por rotina, mas só se notar que o bebé está quente, mama mal, está irritado ou pouco reativo. Deve medir a temperatura rectal com um termómetro digital.
  • Considera-se febre se for igual ou superior a 38ºC.
  • Frequentemente respondem às infeções não com febre, mas com temperatura baixa. Em qualquer dos casos consulte o seu médico assistente.

Cólicas

  • As cólicas típicas do bebé são frequentes, surgem após as primeiras semanas e mantêm-se até por volta dos 4-6 meses de idade.
  • Na generalidade acontecem para o final do dia/princípio da noite e o bebé chora “desesperado” aparentemente sem qualquer razão.
  • O bebé, habitualmente, está bem, alimenta-se normalmente, sem vómitos, sem diarreia, sem alterações de temperatura e após estes episódios acalma naturalmente.
  • Podem melhorar com mudança de posição, flexão das pernitas sobre o abdómen ou massajando-o suavemente.
  • Existem medicamentos disponíveis para melhorar as cólicas, mas deve aconselhar-se com o seu médico assistente.

Outros cuidados importantes:

  • Nunca deixe o bebé sozinho em cima da cama, do sofá ou da mesa.
  • Mantenha-o afastado de líquidos quentes.
  • Sempre que o transportar na cadeirinha aperte os cintos.
  • Evite ao máximo: ambientes com muitas pessoas (ex. shopping), contacto com pessoas doentes.

Quaisquer outros problemas ou dúvidas consulta o seu Médico Assistente.

Icterícia fisiológica

A icterícia traduz-se por uma coloração amarela da pele resultante da acumulação de um pigmento que, na maioria dos casos, ocorre por imaturidade do fígado do bebé.

  • Pode ser necessário fazer Fototerapia: exposição a uma luz própria que ajuda a eliminar o pigmento.
    Em bebés sob aleitamento materno a icterícia pode ser mais prolongada.
  • Em bebés com aleitamento materno a icterícia pode ser mais prolongada, no entanto não tem importância se a cor da urina e das fezes forem normais e o bebé não tiver quaisquer outros
    Após a alta do hospital, se notar que o seu filho está a ficar muito amarelo deve consultar o médico assistente.

Aleitamento maternoO melhor para a mãe e o seu filho

Amamentar é uma experiência única e gratificante tanto para a mãe como para o bebé.

​Reforça o vínculo afetivo mãe-filho e contribui para o normal desenvolvimento emocional da criança ao longo da vida.

Benefícios para a mãe

  • Faz contrair o útero e acelera a recuperação
  • Recuperação do peso anterior á gravidez
  • Reduz o risco de cancro do ovário e da mama
  • Protege contra doenças cardiovasculares e osteoporose

Benefícios para o bebé

  • Composição equilibrada
  • Nutrientes fundamentais para o desenvolvimento físico e intelectual
  • Digestão fácil
  • Reduz as doenças alérgicas e infeciosas em bebé e criança
  • Diminui a ocorrência de muitas doenças da idade adulta.
  • Melhora a formação da boca e alinhamento dos dentes

 

 

 

É GRÁTIS E PRÁTICO: está sempre disponível, à temperatura ideal e não necessita de esterilização.

Quando iniciar?

O ideal é que coloque o recém-nascido (RN) a mamar ainda na sala de parto ou logo que possível.

Nos primeiros 3 dias, a mama produz o colostro, um líquido amarelado, rico em fatores de
proteção que ajudam o bebé a combater as doenças.

Cerca do 4º dia, com a “subida do leite”, começa a produção do leite maduro, mais branco e aguado,
rico em hidratos de carbono e gordura.

 

Qual a duração e frequência das mamadas?

Deve amamentar “a pedido”, sempre que lhe pareça que o bebé quer.

A composição do leite varia de acordo com as necessidades do bebé, daí que a frequência das mamadas seja muito variável.

No início o RN talvez queira mamar de hora a hora. Mais tarde começará a mamar cada 2 ou 3 horas, ou 8 a 12 vezes/dia. Pode fazer uma pausa de 4 ou 5 horas, principalmente à noite.

É nos primeiros minutos que o bebé mama a maior parte do leite de uma refeição. É importante que deixe esvaziar uma mama até ao fim porque o leite do final é mais rico em gordura. Deve alternar a ordem na próxima mamada.

Adaptação à mama e cuidados

Antes de amamentar deve lavar as mãos cuidadosamente. Escolha um local tranquilo e uma posição confortável. O uso de uma almofada para apoiar o braço pode ajudar.

A posição em que está sentada e o bebé voltado para si, “semi de pé” é a mais vantajosa. Mas deve alternar com outras posições, tal como deitada, o que ajuda a esvaziar diferentes zonas da mama.

Para iniciar a mamada, aproxime o bebé da mama e toque-lhe com o mamilo no lábio inferior.

Adaptação correta:

A boca do bebé está muito aberta, envolvendo não só o mamilo, mas também a aréola, a aréola é mais visível em cima da boca do bebé; o lábio inferior está voltado para fora; o nariz está liberto.

​A mãe e o bebé acabam por adaptar-se mutuamente.

Alimentação da mãe

Não é necessária nenhuma dieta especial, apenas uma alimentação saudável e variada, ingerindo muitos líquidos. Suplementos vitamínicos só estão recomendados em casos específicos como em mães vegetarianas.

Não tome qualquer medicamento sem consultar o médico.

Problemas comuns para a mãe:

  1. Ingurgitamento mamário

Com a subida do leite as mamas podem ficar tensas, quentes e dolorosas.

Prevenir: iniciar a amamentação logo após o parto; amamentar em horário livre; assegurar uma boa adaptação.

Tratar: extrair um pouco de leite (manualmente ou com bomba) e/ou aplicar compressas húmidas mornas e massajar a mama em movimentos circulares antes das mamadas; aplicar compressas frias entre as mamadas.

2. Mamilos gretados

Podem ocorrer principalmente no início da amamentação devido a uma má adaptação do bebé à mama.

Prevenir: assegurar uma boa adaptação; aplicar 2-3 gotas de leite materno e/ou pomada adequada no mamilo e aréola após o banho e após cada mamada; lavar os mamilos 1 vez/dia; deixe o bebé soltar a mama espontaneamente;

Tratar: iniciar a amamentação pelo mamilo não afetado; manter a aplicação de leite e/ou pomada nos mamilos e expô-los ao ar.

3.Mastite

A mama fica quente, vermelha, inchada e muito dolorosa, acompanhando-se de febre alta e mal-estar.

Prevenir: evitar roupas apertadas, tratar precocemente o ingurgitamento e os mamilos gretados.

Tratar: consultar o médico; repousar; manter a amamentação na mama afetada (se não for possível, extrair o leite de preferência a mão ou com bomba).

 

Dúvidas quanto ao bebé

P: O meu leite é bom?
R: O seu leite é sempre excelente!

P: Acaba de mamar e mete as mãos na boca. É fome?
R: Não. É um reflexo normal do bebé.

P: Não sei se está a mamar o suficiente.
R: O melhor sinal é o aumento de peso, ainda que possa variar de uma semana para outra.

P: Posso dar de mamar até quando?
R: Enquanto quiser e puder, de preferência, em exclusivo, até aos seis meses.

P: Posso dar-lhe chupeta?
R: Sim. De preferência após as primeiras duas semanas de idade ou após a amamentação estar bem estabelecida.

P: Se não der de mamar prejudico o meu bebé?
R: Dar de mamar é o ideal mas se não puder ou quiser há alternativas. Não se sinta culpada!

VACINAS

Durante o internamento é administrada ao bebé a 1ª dose da vacina da hepatite B. A BCG (vacina contra a tuberculose) atualmente está indicada apenas em grupos de risco.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

RASTREIO AUDITIVO

Antes da alta é efetuado um teste rápido, não invasivo, ao ouvido do bebé, com vista a promover o adequado desenvolvimento da audição.

A audição normal é essencial para o desenvolvimento da linguagem oral da criança, pelo que é importante identificar todas as crianças com perda auditiva antes dos 3 meses de idade.

É muito importante que a deficiência auditiva seja detetada o mais precocemente possível, e que o tratamento adequado seja iniciado antes dos 6 meses de idade.

A intervenção e tratamento precoces aumentam a probabilidade da criança com deficiência auditiva poder aprender a falar, a ter um desenvolvimento cognitivo adequado e a inserir-se normalmente na sociedade.

Como se faz o rastreio auditivo?

O Rastreio é realizado através de um equipamento que deteta sons suaves e de fraca intensidade emitidos pelos ouvidos normais (Otoemissões Acústicas – OEA).

Este exame é indolor, não invasivo, de fácil realização, executado com o bebé a dormir ou relaxado,e leva alguns minutos a realizar. É colocada uma sonda no canal auditivo que permite a recolha dos referidos sons.

Consoante o resultado do exame pode ser necessário repeti-lo, sem que isso signifique que existe algum problema auditivo.

 

RASTREIO OFTALMOLÓGICO

Após a alta o bebé será convocado para uma consulta de oftalmologia a realizar quando completar um ano de vida. Pretende-se rastrear estrabismos, miopia, astigmatismo, cataratas entre outros. Os rastreios positivos serão chamados para a consulta de oftalmologia imediatamente.

 

RASTREIO DE CARDIOPATIAS CONGÉNITAS

Antes da alta é efetuado a todos os recém-nascidos este rastreio para despiste de mal formações cardíacas.

Durante o internamento no serviço de Obstetrícia, terá apoio 24h por dia pela nossa equipa.

Algumas informações importantes:

 

INVOLUÇÃO UTERINA

  • O útero demora cerca de 4 semanas a voltar ao seu tamanho anterior à gravidez.
  • As contrações uterinas podem ser sentidas nas 48 a 72 horas após o parto.
  • A dor pode ser mais intensa nas multíparas (mulheres com mais que um filho), após um parto por cesariana ou no contexto de amamentação.

LÓQUIOS

  • Os lóquios são o corrimento vaginal que resulta da descamação do local onde a placenta esteve inserida durante a gravidez.
  • Inicialmente são sanguinolentos mas ao fim de uns dias tornam-se amarelos ou esbranquiçados.
  • Habitualmente duram 1 mês mas podem persistir até 8 semanas após o parto.

EPISIORRAFIA

  • Em alguns partos é necessário fazer um pequeno corte no períneo para facilitar a saída do bebé e evitar lesões descontroladas nesta região. A esse corte chamamos episiotomia.
  • A ferida deve manter-se limpa e seca; não necessita de cuidados adicionais além da higiene.
  • Os pontos caem espontaneamente habitualmente entre o 7º e 10º dia.
  • Evitar sentar-se por períodos prolongados na fase de cicatrização.

ATIVIDADE SEXUAL

  • O reinício das relações sexuais deve acontecer quando a mulher se sentir preparada.
  • A maioria das mulheres retoma a atividade sexual entre a 3ª e 6ª semanas após o parto.
  • As primeiras vezes pode causar dor e desconforto, o que pode ser minimizado pelo uso de lubrificantes.

MENSTRUAÇÃO

  • A primeira menstruação surge ao fim de 6 a 8 semanas após o parto nas mulheres que não amamentam. Pode surgir mais tarde nas mulheres a amamentar.

INFEÇÃO URINÁRIA

  • Nos primeiros dias é normal um aumento das micções para eliminar o excesso de água acumulado durante a gravidez.
  • O ardor durante a micção e a urgência em urinar podem significar infeção urinária que é mais frequente após o parto.

HEMORRÓIDAS

  • São veias dilatadas do canal anal que podem ser causadas não só pela gravidez mas também pelo esforço exercido durante o trabalho de parto.
  • Habitualmente são dolorosas e exigem a adoção de medidas que diminuam o desconforto.
  • Pode aplicar gelo durante curtos períodos (máximo 15 minutos) várias vezes ao dia, para alívio da dor. Pode ser necessário tratamento local que deve ser prescrito pelo médico.

 

ATIVIDADE FÍSICA

  • O exercício além de melhorar o bem estar da mãe também ajuda a prevenir a incontinência urinária e o prolapso dos órgãos pélvicos.
  • Os exercícios para reforçar o pavimento pélvico devem ser iniciados o mais precocemente possível.
  • Os exercícios que envolvam a musculatura abdominal podem ser iniciados 2 semanas após o parto vaginal e mais tarde (por volta da 6ª semana) no caso de parto por cesariana.

EXERCÍCIOS DE KEGEL

  • Consistem em contrair os músculos do pavimento pélvico, que sustentam a uretra, bexiga, útero e recto.
  • Estes são os músculos utilizados durante as micções e a relação sexual, e podem ser controlados e exercitados voluntariamente pela mulher.

Para quê?

  • Durante a gravidez, devido às alterações hormonais ocorre um relaxamento dos músculos pélvicos.
  • Dado que estes músculos envolvem o canal através do qual o bebé irá passar, é importante que sejam exercitados de forma a permitir o seu fortalecimento e uma boa distensão durante o trabalho de parto.
  • Os exercícios de Kegel ajudarão a fortalecer os músculos pélvicos e a desenvolver o tónus muscular.

Se forem realizados com regularidade podem:

  • Prevenir situações de incontinência urinária (perda involuntária de urina);
  • Melhorar a actividade sexual;
  • Melhorar a circulação sanguínea vaginal diminuindo o tempo de cicatrização da episiorrafia (sutura perineal);
  • Prevenir o prolapso uterino, cistocelo e rectocelo (saída do útero, bexiga e recto para o exterior, respectivamente).

Como fazer?

  • Quando estiver a urinar, interrompa o jacto de urina e conte até três…relaxe e urine mais um pouco… volte a interromper o jacto, conte até três e assim sucessivamente até terminar a micção.
  • Contraia os músculos do pavimento pélvico como se estivesse a sugar àgua para dentro da vagina.
  • Depois faça força empurrando para baixo como se estivesse a tentar deitar fora a àgua.
  • Quando conseguir fazer isto várias vezes ao dia, está preparada para a fase seguinte, que consiste em realizar os exercícios em qualquer momento e em qualquer lugar, sem que isso seja percebido pelas outras pessoas.

Estes exercícios para serem eficazes devem ser praticados várias vezes ao dia e realizados todos os dias durante toda a vida. Podem efectuar-se em séries de 10, pelo menos 3 vezes por dia.

O balcão «Nascer Cidadão» instalado na Maternidade do Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga (CHEDV) retomou o seu funcionamento esta segunda-feira, 18 de abril, após ter sido interrompido no âmbito das medidas de combate à pandemia de Covid-19.

A reabertura do Balcão “Nascer Cidadão” na Maternidade do CHEDV, assentará na retoma do tradicional atendimento presencial assegurado por colaboradores dos serviços do Instituto dos Registos e do Notariado, I.P., junto dos quais podem os pais dos recém-nascidos voltar a apresentar a declaração necessária à realização do registo de nascimento dos seus bebés, antes da alta hospitalar da mãe. Sendo o nascimento declarado no hospital, não é necessária qualquer deslocação à conservatória do registo civil.

O registo de nascimento de todas as crianças nascidas no nosso país é obrigatório, fixa a identidade de cada novo cidadão, e garante a proteção devida aos respetivos direitos fundamentais e o acesso pela criança a outros serviços públicos.

Horário de atendimento:
Dias úteis das 14h às 17h

ALTA

  • No caso de ter um parto por via vaginal poderá ter alta ao 2º dia, no caso de cesariana terá alta ao 3º dia.
  • No momento da alta os médicos e enfermeiros irão fornecer conselhos importantes nos cuidados da mãe e do bebé.
  • Será dispensada uma embalagem de contraceptivo,  para quem pretender.
  • Antes de sair ser-lhe-ão entregues o Boletim de Saúde Infantil, a Carta de Alta para o Médico Assistente, receituário (se necessário) e a Declaração de Internamento.
  • Não esquecer a cadeirinha de transporte para o recém-nascido.
  • No dia da alta será necessário o cartão de cidadão da mãe ou do pai.

CONTRACEÇÃO

  • O fato de não menstruar e a amamentação não significam ausência de risco de gravidez.
  • Antes da alta hospitalar devem ser consideradas opções contracetivas.
  • A pílula da amamentação só deverá ser iniciada na 3ª semana pós-parto.
  • É importante respeitar um intervalo antes de uma nova gravidez, especialmente no caso de parto por cesariana.

TRANSPORTE NO AUTOMÓVEL:

  • O RN deve sair do hospital numa cadeirinha própria para transporte no automóvel.
    Todos os modelos vendidos em Portugal estão homologados e têm a etiqueta “E”.
  • As mais adequadas para os primeiros meses são as do grupo 0 (até aos 10kg) e grupo 0+ (até aos 13 kg).
  • Devem ser colocadas com as costas viradas para a frente do automóvel, no banco de trás ou da frente.
  • Nunca colocar num lugar equipado com airbag: pode ser fatal para o bebé em caso de acidente.
  • Usar a cadeira corretamente em todas as viagens, mesmo em distâncias curtas!

 

APÓS A ALTA

  • Deverá ir à Unidade de Cuidados de Saúde Primários da área de residência, entre o 3º e 6º dia de vida do bebé, para fazer o “Teste do Pezinho”, (e vacina da Hepatite B, se eventualmente não foi administrada no hospital).
  • Deslocar-se ao Centro Regional de Segurança Social para tratar da licença de maternidade e do abono de família. Deve levar consigo o Registo do bebé e uma declaração do internamento;
  • Entregar uma Declaração do Internamento na entidade patronal do pai e da mãe;
  • Consulta de vigilância do recém-nascido na 2ª semana de vida
  • Consulta de vigilância do puerpério e planeamento familiar, entre a 4 e a 6ª semana após o parto.
  • Amamentação se tiver dúvidas, pode contatar sempre, o Serviço pelo telefone 256379700, extensão 5356.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CONSULTA REVISÃO DE PUERPÉRIO

  • É de extrema importância a realização de um exame ginecológico no período puerperal para despiste de possíveis complicações.
  • Esta consulta é realizada entre as 4 a 6 semanas após o parto no médico de família, salvo raras exceções.

SINAIS DE ALERTA

Deve ser avaliada por um médico se:

  • Temperatura corporal igual ou superior a 38º C;
  • Local da cicatriz com perda de sangue, líquido amarelado, pús ou os bordos afastados;
  • Dor no peito ou falta de ar;
  • Aparecimento de zona quente, vermelha e dolorosa nas pernas;
  • Os lóquios com cheiro fétido ou que não diminuem progressivamente nos dias seguintes ao parto;
  • Mama com sinais inflamatórios (vermelha, quente, dolorosa).